Quando caminhamos e caminhamos, mas voltamos sempre ao mesmo sítio, acabamos por nos deparar com uma palavra que muitas vezes negamos ou não queremos - Solidão.
Hoje, deparei-me com essa palavra, outra vez.
Mesmo com a malta da minha escola e malta de outras, tudo me pareceu.....algo nublado.
Caminhei pela praia sem saber o que fazer com os braços e mãos, que balouçaram ao lado do meu corpo; sem saber onde me dirigia; sem saber se todo aquele percurso servia para alguma coisa.
Dei desprezo à palavra desprezo (pela solidão) e suspirei. Quando cheguei ao final, parei, enterrei os pés na areia e olhei para o mar e as ondas que estavam demasiado perigosas. Um surfista aqui, um surfista ali.
Sentei-me. Tirei o boné vermelho que estava com a pala para trás e examinei-o simplesmente por examinar.
Depois vi dois miúdos a brincarem e a fugirem da água.
Voltei a olhar para os surfistas dentro de água - apeteceu-me gritar bem alto.
Mas não estava para parecer maluca. Agarrei nas mãos com força para não o fazer.
E então, voltei a ir para junto dos meus colegas, pus o boné, suspirei, passei pelos dois miúdos e simplesmente caminhei. Sozinha.
A solidão acaba por ser uma palavra que me persegue para todo o lado. Suponho que já esteja habituada a isso.
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