sexta-feira, abril 30

Epah...Sem Palavras...

Um obstáculo ultrapassado.
Sabe bem, melhor do que eu esperava.
Um caminho torto, cheio de obstáculos, a ser percorrido.
Sim...com muitas quedas, mas sempre com o objectivo e a promessa de me voltar sempre a levantar.
Sorrisos verdadeiros são melhores que sorrisos falsos. Podem perguntar "Mas quem é que ainda não sabia isso?". Bem, eu ainda não tinha percebido. Agora parece que não quero outra coisa.
Abraços verdadeiros são melhores que abraços falsos. Sim, também ainda não tinha percebido isso.
Mas raios...pelo lado positivo, isto é....estas coisas verdadeiras parecem mãos invisíveis que me ajudam a levantar depois de uma queda no caminho torto. É...surreal, praticamente.
Não sabia que existia algo assim.
Agora é tudo tão....epah....sem palavras...

segunda-feira, abril 26

Cacto

Sou um cacto.
Um cacto emocional, mas um cacto à mesma.
Estava a começar a pegar nos meus estilhaços e a pô-los de novo no sítio.
No entanto, acho que foi demasiado depressa. Não que eu me tenha importado ou me importe mas...tinha de haver uma barreira qualquer a aparecer de novo. Um cavalo de tróia horrível, o raio de um vírus que me quer consumir de novo!
Os meus estilhaços estavam a ser reconstruídos...agarrei-me a essa esperança...dói como tudo saber que este vírus me vem espezinhar e mandar abaixo de novo.
Eu era forte, por assim dizer. Sofria o que tinha de sofrer de boca calada. Aguentava as minhas mágoas como uma estátua perfeita. Depois...depois foi o que foi...e agora, aproximei-me de alguém...estou praticamente dependente dos momentos de "Cara de Parva"...esqueci-me de manter a barreira que antes me mantinha forte.
Se tivesse levado esta facada nos mues dias anteriores, não me teria afectado tanto...Mas habituei-me a ter alguém em quem pudesse...acho...confiar, mesmo sabendo que nem sequer necessito de ser correspondida, e...doeu. Só me apetece ir buscar a minha antiga barreira do passado e voltar ao que era. Tornar-me distante de tudo e de todos. Não me magoar, não correr o risco de magoar....
Ah, raios...eu sou um cacto e não percebo uma única coisa do que se passa na minha cabeça de idiota...

I'm crying on the inside and nobody knows it but me...

Encontrei uma imagem personalizada na internet que tinha uma criança e tinha a frase "I'm crying on the inside and nobody knows it". Pergunto-me
Pergunto-me porque é que é assim.
Porque é que podemos chorar e chorar e ninguém consegue perceber?
Porque raios é que não há uma única pessoa que o perceba e que se preocupe minimamente?
Ugh...estou com as ideias todas trocadinhas! Nem sei porque raio estou a escrever isto...

Caminhar...

Obrigada pelo simples acto de caminhar...

Não faz sentido, mas é verdade. Nos breves segundos em que os meus pés seguiram um caminho já definido e decorado, só o sorriso permaneceu...
E, embora eu odeio esse caminho definido, não reparei até ao último segundo que era o mesmo que o de todos os outros dias.

sábado, abril 24

Baseado na Música Pieces dos Red

Ponto de Vista de um rapaz:
Estou na fossa outra vez...e dói...
Dói bastante...Saber que consegui sair mas, vou voltar para lá...dá-me vontade de socar o chão infinitamente, até deitar sangue dos nós dos dedos.
Queria ter conseguido manter-me no topo, acima dos 100%. Ou até mesmo nos 80%.
Mas afastei-me.
Queria salvar-te de tudo...errei nos cálculos...tive de afastar-me...acho que é capaz de te ter doído menos do que a mim...menti-te. Usei as palavras a meu belo prazer. Fiz-te acreditar no que te magoaria menos, mesmo sabendo que era magoar à mesma...
E agora, agora que estou num buraco escuro...a 1000 quilómetros de ti, sou um cacto...a única coisa que podem ver são os pedaços de toda a minha alma pelo chão...
Tentei com tanta força!
Pensei que podia fazer isto sozinho...mas acabei por perder tanto ao longo do caminho...
E não te percebo!
Magoei-te! Porque continuas a querer seguir-me? Porque continuas a aceitar-me?
O que acaba por doer mais é que...quando olho para ti, sei que sou totalmente teu...encontro tudo o que tinha perdido...e quando dizes o meu nome....eu vou ter contigo sem pensar...vou ter contigo em pedaços...e tu! Tu fazes-me ficar inteiro outra vez!
E...e eu não percebo...

Dia "Anormal", ou seja, com muita normalidade

Os meus dias normais são aqueles em que nem sempre há normalidade.
Portanto, os meus dias anormais são aqueles em que há demasiada normalidade.
Eu odeio esses dias. E odeio o sentimento que me corrói quando o dia corrente é o meu "anormal".
Hoje sinto que é um dia "anormal". E gostava que não fosse.
Gostava que fosse tão normal como aqueles breves segundos em que sorri até agora.
Gostava que, sempre que me sentisse enfiada num dos meus dias "anormais", me dissessem o que li hoje. Com aquela pergunta, porque raio não haveria eu de sorrir.
Sabe bem sorrir.
Sabe bem sorrir verdadeiramente e não falsamente.
E no entanto, nestes meus dias "anormais", sorrir é o que mais me custa. Parece que a bagagem aumenta durante a noite sem eu dar conta. É...complicado.
Queria ter a coragem de atirar para trás essa mesma bagagem. Mas os meus dias "anormais" não me permitem.
Espero que amanhã tenha um dia..."normal", cheio de anormalidades de que gosto! Um dia onde vou dizer parvoíce, um dia onde me vou engasgar, um dia onde posso gozar com o...cor de rosa!
Um dia com dois smiles...

sexta-feira, abril 23

O_o



A minha voz não é normal?
É terrível?
Não dá para acompanhar com viola?

Sou fofinha?
Sou querida?
Sou envergonhada?

Mas que raio......a malta bateu toda com a cabeça?

quinta-feira, abril 22

Primeira Música Bem Sucedida!!

Sinto que ultrapassei a escala dos 100%

A.M. – My Star

Don't tell me what's wrong
Don't tell me what's right
I wanna find out
On My Own
So You Can See
What You Mean to Me
So You Realize
I'm not lying when I say you're my shining star

My little star...
Special Star...
All mine

Don't look at me
With those eyes
You know they're too deep
And to you I can't lie
Someday
I'm gonna find out
What spell you put on me
I'm gonna figure it out, oh

My little star...
Special Star...
All Mine, ohh

You're my shining star,
Looking at me, at night
Making my dreams go boom
You're the best thing
I've ever met in my life

My little star...
My Special Star...
All mine, all mine, all mine, just mine...
My little star...
Special star...

One day I'm gonna find out
What Spell You Put on Me

My star

Um whoo final porque gosto muito de whoos xD

quarta-feira, abril 21

Chuva...

Plock. Plock. Plock
A chuva caíu e molhou-lhe o cabelo aos poucos.
Sentiu a àgua fria descer o escorrega que era a sua cara e soltou o respirar que não sabia ter estado a guardar.
Viu o seu próprio bafo e a t-shirt começou a colar-se ao corpo. Não se importou.
Os seus músculos faciais contraíram-se, a sua voz falhou.
As suas pernas anseavam por descanso e os seus pulmões queixavam-se. Não se importou.
A água continuou a preencher todos os cantos ainda secos do seu corpo.
O gelo que estava na rua não correspondia ao fervor do seu corpo.
Mas nada importava naquele momento a não ser a chuva e o pátio deserto. Era como se toda a gente no mundo tivesse desaparecido durante os instantes em que a chuva começara a cair.
Sorriu ligeiramente. Não entendia porque fugiam da chuva. Para ele, aquilo era o melhor refúgio que podia haver. E chapéus de chuva? Para quê usá-los quando se podia sentir a alma da chuva?
A sua face vermelha, de ter corrido tanto tempo, sentiu uma mistura de frio e quente quando as lágrimas se misturaram com a simples chuva.
Sentiu os joelhos tremerem e cederem sobre o seu peso. Caíu ajoelhado no chão e tossiu ligeiramente para encontrar a voz.
Chorou. Sentiu a chuva entrar no seu ser e ao mesmo tempo voltou a sorrir.
Disse para si mesmo: "Adoro-te chuva...aqui posso chorar...as minhas lágrimas misturam-se com as tuas...as ruas ficam vazias...somos só os dois...adoro-te chuva...é bom poder agir sem pensar...". Deixou-se cair de costas na relva molhada e soltou um grito vindo de dentro.
Ficou ali deitado durante o que lhe pareceu horas.
Acalmou-se. O sol apareceu juntamente com as milhentas poças...
"Ficaste à chuva?". Ela perguntou-lhe ao aproximar-se.
"Sim...perdi-me, acho...". Levantou-se e sacudiu as calças. Fez um careta ao sentir um peso morto no corpo, devido ao estado em que as suas roupas tinham ficado.
"Estás todo molhado...". O rapaz passou uma mão pelo cabelo e sacudiu-o.
"Jura, não tinha percebido.". A rapariga caminhou para ele.
"Estás bem?". Ele pegou-lhe na mão e puxou-a para si de modo a que a deixasse toda encharcada. "Estás a deixar-me toda suja...De certeza que estás bem?". Ele lançou-lhe o maior sorriso que conseguia e disse antes de se baixar para a beijar:
"Óptimo..."

Raios...

Eu estava bem. Tirando o facto de estar preocupada não só com uma pessoa, estava bem. Sorri. Brinquei. Fingi que nada me afectava, para não variar.
Depois foi como um choque. O meu carro bateu no teu e eu senti as dores da colisão em força. Continuei a sorrir. Não queria que percebesses o quanto me afectas e o quanto esse murro no estomâgo me estava a magoar. E é claro que me calei. Não disseste por mal. Foi uma informação normal no meio de uma conversa normal.
Aguentei durante uns 35 minutos. Depois comecei a pensar.
Senti o estomâgo às voltas e a cabeça a rodopiar.
Foi uma aula didáctica, suponho. Toda a gente a falar e blah, blah, blah, whiskas saquetas, blah, blah, blah, whiskas saquetas!. Eu ouvia as vozes mas, estavam todas demasiado longe.
Quis sair da sala e ir para a praia. Só para pensar normalmente.
Tremi ligeiramente. Sorri.
Afectas-me.
Estou a magoar a mim mesma. Digo que não me importo. Não sei se é bem assim.
Pensei no tempo que ainda tinha. Pensei no que faria sem ti...teria de me habituar?
Pensei em telemóveis, em cartas e no msn.
Assustei-me ao pensar em horários.
Eu pensava que tinha decidido não me aproximar de ninguém.
Um amigo meu disse uma parvoíce e trouxe-me de volta à realidade. Ri-me sem muita vontade. Tocou. Saí da sala e suspirei. Pus as mãos nos bolsos e pensei:
Afectas-me mais do que devias....

Olhos



Azul, Verde, Amarelo.
Curiosamente as mesmas cores da bandeira do Brasil, acho. Não interessa.
Os meus olhos são um tema de discussão muito curioso para mim.
Eu digo que são azuis esverdeados mas a verdade é que, não sei se será muito bem assim.
Confunde-me o facto de quando choro os meus olhos se tornarem completamente verdes, como se o azul e o minúsculo amarelo não estivessem lá.
Confunde-me o facto de às vezes serem simplesmente azuis.
Os meus olhos confundem-me. Mas eu gosto deles uns 50%.
Gosto deles porque são meus e ninguém mos tira. Gosto deles porque adoro a cor. (Que não tem nada a ver com cor de rosa, felizmente!!!). Gosto quando dizem que gostam dos meus olhos, embora não saiba responder a essa afirmação.
Mas depois não sei se gosto muito deles. Suponho que deveria gostar. Só fazem o que fazem para me proteger quando sou teimosa.
Odeio quando consigo disfarçar as minhas emoções mas os meus olhos denunciam-me. Ainda bem que nunca conheci ninguém que prestasse muita atenção ao olhar como eu presto.
Quando me perguntam qual a primeira coisa que reparo em alguém, a minha resposta são sempre os olhos. Muito idiota, suponho. Tal e qual como este texto, mas que se há-de fazer?
Os meus olhos denunciam-me e eu não sei se os odeio por isso. Odiar é uma palavra muito forte.
Os meus olhos são a minha alma e os meus sentimentos escondidos.
Por isso, última informação - quem conseguir decifrar o meu olhar, fique a saber que gosto muito dessa pessoa. Porque fez algo que nunca esperava que fosse possível. Quem conseguir decifrar o meu olhar, acaba por me salvar.

segunda-feira, abril 19

Rascunho de uma Letra de Música

E lá estava eu.
Aula de História, Geografia e Formação Cívica - a escrever a letra de uma música. Rascunhos de uma letra de música.
Ironicamente, escrevi sobre algo que não consigo fazer. Dança.
Acho que foi porque as dúvidas daquele dia me ligavam a uma pessoa da Dança. Não interessa.
Nunca consegui acabar uma música até ao final. Mas esta, volto a repetir, ironicamente, está a deixar-me orgulhosa de a ter escrito. Muito ironicamente, consegui obter numa canção algo de que andava à procura. Raios! Eu não sei dançar. Sei escrever, ou pelo menos tento. E no entanto, sai-me melhor uma letra de música sobre a dança do que simplesmente escrever uma canção normal... Que vida a minha! Ughh...
Portanto, sei que ninguém lê o meu blog mas, no entanto, vou pedir opiniões a um qualquer zé ninguém que por aqui passe:

Won't Dance, Can't Dance, Screw It, I Don't Dance!
I'm at a club just hanging out, Don't Ask me to Dance,
I'll Just Make a Fool Of Myself...
Everybody's chilling and dancing, I'll Just Stay At A Corner
Pretending I'm Not There...
The Music is Making My Flow Go Up! Whoo!
Looking at you, Across the Room, You're Making My Blood Rush!
Don't Stop Dancing, the whole club has stopped just to look at you!
Damn, I think I'm gonna dance too! Whoo!
The Club has gone technicolor
I don't think I can Stand Quiet Anymore
You're like the Mystery Person, You're really a question, I don't get it
Everyone's stopped, everybody's staring,
Who's that person on the dance floor



E pronto, tenho de acabar isto quando me der na telha. Uma coisa é certa, gosto muito do meu refrão xD E o Próximo vai ser igual, tirando a última parte que agora vai ficar Damn, Now I gotta dance too! Whoo!
Eu gosto muito dos Whoos!

Timidez

Sim. Sou envergonhada em muita coisa. Sou tímida. Sou uma medricas.
Chamam-me insensível por isso, não me conhecem.
Tenho ideias diferentes das dos meus colegas muitas das vezes, eles simplesmente refilam e como não estou para me chatear, calo-me.
Hoje estava na aula de História e confesso que a minha mente não estava lá, era só o corpo. Estava demasiado ocupada a inventar músicas estúpidas, ou melhor, a inventar desculpas para não pensar tanto.
No final do dia, já tinha resolvido o que preenchia os meus pensamentos. Gostava que tudo fosse assim. Aparece uma dúvida, desaparece depois de alguma coragem. Pheww...seria impressionantemente mais simples.
Mas não é por isso que escrevo aqui de momento. Escrevo para me mentalizar que sou uma pessoa mesmo, mesmo tímida. Tenho ah...medo de abraços? Não. Não é bem medo. Simplesmente só os dou a quem quero dar. E os poucos que dou, dou a sério. Não interessa. Lá estou eu a desviar-me do tema principal.
Escrevo, escrevo e escrevo. Mas não sei muito bem porquê. A escrita é algo complexo e simples ao mesmo tempo para mim suponho. Mas...voltando ao assunto...esta timidez vai matar-me. Como é que é possível conseguir fazer tanta coisa, nunca recusar um desafio mas, chegar a hora de ser normal e me acobardar?
Estive para dar-te um abraço hoje. Quando te vi, ia fazê-lo. Mas ridiculamente, comecei a fazer figura de parva. Fiz-te sorrir. Sorri também. Não queria saber de mais nada. Ultimamente para mim chega-me um sorriso e eu não me importo com isso :D
E pronto, um texto sem sentido para dizer a mim mesma que tenho de resolver isto. A timidez é lixada.

domingo, abril 18

Baseado num Texto que tenho andado a escrever

Foi uma aula como todas as outras. Chorei, chorei e chorei. Mas foi uma aula como todas as outras.
Tremi, fechei os punhos com toda a a minha força até deixar os nós dos dedos brancos e a latejarem de dor.
Não me importei.
Encostei a cabeça à parede e fiz o que a professora me pediu. Senti-me deslocada. Senti o peso do mundo nos meus ombros mas, não me importei. Doeu.
Foi facada atrás de facada. O silêncio que me rodeou era como um anticoagulante e não permitia que o meu sangue parasse de escorrer. Doeu. Muito.
Senti-me estilhaçar e não havia ninguém para pegar nos meus pedaços. Ouvi um grito ao longe. Um Odeio-te demasiado forte...Um ódio demasiado intimidador. Doeu.
Senti-me ofegante e com falta de ar embora não tivesse saído do mesmo sítio.
Facada. Facada. Lágrima. Lágrima. Os ombros tremeram, perdi a força nas pernas e só o facto de estar encostada à parede me apoiou. Cantei baixinho. Parecia tudo demasiado errado. Ouvi uma música imaginária e senti as notas percorrerem todo o meu ser.
Assustei-me. Uma mão tocou-me no ombro e acalmei ligeiramente. Quis chorar outra vez. Uma mão amiga, era novo.
O exercício acabou, deixei-me cair e sentei-me no chão sem saber o que fazer. Paralisei. Doía-me a garganta de chorar. Tossi ligeiramente para encontrar a minha voz. Não encontrei. Agarrei-me às pernas e solucei. Doía tanto...
A aula continuou. Eu fingi e não quis saber de nada. A aula acabou. Ninguém reparou naquele meu momento.
Saí da sala, suspirei e sorri. Sabendo que aquela mão amiga tinha sido uma vez sem exemplo

Baseado na Música Kissing U' da Miranda Cosgrove

(Dedicado)
Ponto de Vista de Uma Rapariga:
Era como electricidade. Não fazia a mínima ideia de que o tempo podia parar e tudo à minha volta podia ficar congelado. As minhas dúvidas pareciam escassear-se naqueles breves momentos.
Eu tinha prometido a mim mesma que não me ia aproximar mas ninguém me tinha feito sentir tão segura e sem medo como tu.
Era como se eu tivesse encontrado finalmente as peças do puzzle que faltavam. E já pouco me importava.
Todos os meus sentidos pareciam despertar e eu não queria definitavemente sair daquele transe.
O passado era apenas uma fotografia conjunta de relacionamentos curtos e de mágoa. E todas as perguntas e o medo que me preenchiam pareciam desaparecer.
Tudo em apenas uns curtos segundos.
Quanto te beijo, a pergunta que me passa na cabeça "Devo mesmo aproximar-me?" deixa de fazer sentido.
E o que sinto durante esse beijo preenche todas as lacunas e dúvidas.
"Crystal clear it becomes when I'm kissin' you."

Nota Para quem quer que leia isto

Os meus posts que têm como título "Baseado Na Música..." são exactamente isso.
O ponto de vista difere conforme o cantor ou cantora. Os sentimentos escritos nos posts são muitas vezes traduções das músicas.

sábado, abril 17

Baseado na Música Believe Me dos Fort Miner

Ponto de Vista de Um Rapaz:
Suponho que vamos ficar assim.
Tanto fizeste que chegaste definitivamente ao ponto em que já não me importa.
Se não quiseres, não acredites mas a verdade é que a partir de agora estás sozinha. Já não me interessa. Lida com isso da forma que quiseres.
Gostas de jogos e de coisas demasiado maradas, eu não. Continua a jogá-los, continua. Já não tenho nada a ver com isso.
Costumava pensar que tinha um plano mas tu fazias com que ele desaparecesse. O que quer que aconteça contigo, não vai acontecer comigo. Não penses que me vais arrastar para isso. Força, diverte-te! Já não quero saber.
"Just so you know now
You're on your own now, believe me"

Baseado na Música Don't Give Up dos Still Standing

Ponto de Vista de Um Rapaz:
Dói demasiado.
A minha vida é uma tortura. Os erros do passado perseguem-me e eu sinto-me a quebrar e a desaparecer sem deixar para trás um único vestígio do que sou. Já nem sequer faz sentido.
Todas as noites que passam são um sacrifício que cada vez me puxa mais para o esquecimento. E a única coisa que me agarra à sanidade és tu. Por isso peço-te: Não desistas. Não desistas de nós.
As minhas lágrimas que teimavam em aparecer, agora só mostram a verdade. Por favor, não desistas de nós. Sem ti... o meu tempo vai acabar por esgotar-se e eu vou partir-me completamente.
Não desistas porque será apenas mais uma noite de sacrifício. Quando o dia parecer terminar e tu sintas que não tens mais nenhum sítio para olhar e até mesmo quando um grito deixar de ter som....não desistas de nós...
O sol está a desaparecer para dar início a mais uma noite de solidão. Só tu me manténs são. E à medida que durmo nas sombras da noite, só desejo que alguém nos salve. Estou a viver com o sentimento de que não quero viver assim.
Por isso, não desistas. Não desistas de nós. Vai apenas parecer que o céu azul se vai tornar cinzento.
Vais ver que vai aparecer uma luz de esperança. Só precisas de não desistir...
"Don't give up
On us"

quinta-feira, abril 15

Arrependo-me.
Arrependo-me de muita coisa que fiz.
Arrependo-me de ter magoado tanta gente e arrependo-me de ter afastado algumas das pessoas que se foram dando conta de que eu andava estranha.
A única coisa que me foi dando forças foi a música e o não querer desiludir ninguém.
De resto, eu era um cacto. Era e ainda estou a tentar pegar em todos os pedaços que se partiram.
Durante muito tempo julguei que estava danificada e não tinha arranjo.
Raios, ainda não tenho a certeza de que vou conseguir libertar-me de tudo o que fiz.
Eu nunca gostei de desistir mas a minha mente estava definitavemente virada para o "Já não vale a pena... Mereço todas as dores, arrependimento, medo e culpa pelo que fiz...". Mas por muito que as lágrimas quisessem aparecer, levavam um pontapé e lá voltavam elas para o sítio de onde tinham vindo.
Eu pensava que estava presa num labirinto sem saída. E não importava o quanto eu tentava cavar os muros e tentar fazer um buraco...os muros eram demasiado espessos...
Estava decidida em não me aproximar demais a alguém. Só iria voltar a magoar e as pessoas a quem me chegasse e começasse a gostar iriam acabar por levar com a minha "bagagem". Sim, porque a minha bagagem dava para um camião daqueles bem gigantes, cujo nome esqueci de momento. Preferia ficar sozinha e consequentemente desaparecer lentamente, consumida pelos meus erros, do que procurar apoio junto de alguém. No final só ia magoar. Para serem meus amigos, têm de se habituar que a minha bagagem é deveras pesada. Mesmo que dissessem que não se importavam, importava-me eu. Mil vezes sofrer eu, repetidamente, do que alguém à minha volta sofrer.
Mesmo tendo medo da minha dor e sabendo que se a voltasse a sofrer em força, provavelmente quebraria e ficaria maluca...nunca na vida me peçam para eu passar essa dor a alguém. Não quero que ninguem sofra o que sofri e sofro.
Shakespeare diz: "Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.". Raios, homem! Eu gostava de ter conhecido essa frase à mais tempo.
A Sofia disse: "Olha à tua volta. Toda a gente comete erros. Achas que és a única? Não és. E os erros simplesmente servem para aprender.".
A Dra.Catarina disse: "Então e já pensaste se não seria melhor saltar por cima dos muros?" (Uma coisa desse género)
A bb disse: "Então e se eu quiser a responsabilidade da tua "bagagem"?". :D Provavelmente não foi bem assim, mas ficou lá o significado.
Eu digo: "Que se lixe! Não preciso de andar por aí feita galinha meio-morta. Os meus erros vão perseguir-me para a toda a vida. Mas raios, fiquem aí num cantinho do meu cérebro irrequieto! Não me perssigam tanto...isso dói... Por isso, acho que vou simplesmente sorrir...E porquê? Porque posso! Que se lixe tudo o resto! Ou qualquer coisa assim... xD".
Acho que até a minha mãe estranhou... mas, vá, que se lixe!
Tudo aconteceu como uma escala.
A Dra. Catarina deu uns 25%. A Sofia deu outros 25%. Tu deste-me uns 45%. Ainda não está completo mas, mais uma vez, que se lixe.
Ouvi tudo o que precisava de ouvir....algo de que estava à espera à muito tempo.
Por isso sim, que se lixe! xD Não te largo :P

quinta-feira, abril 1

Baseado na Música Tired of You dos The Exies

Ponto de Vista de Uma Rapariga:
Lê com atenção porque não penso repetir.
O cansaço é algo muito relativo. Não me podes fazer essa pergunta, ou melhor, essa afirmação, e esperar que eu diga alguma coisa sem ficar zangada.
Porque eu já me senti cansada de muita coisa.
Senti-me cansada e farta de simplesmente respirar, de sentir alguma coisa, de olhar para o passado à procura de algo que fizesse sentido no meio de toda a minha patética vida.
Senti-me cansada e farta de correr e de procurar e cansada de tentar.
Mas cansada de ti? Endoideceste de vez. Essa é a única coisa de que tenho a certeza absoluta - não estou cansada de ti e não penso ficar tão rapidamente.
Habitua-te porque não penso fazer o mesmo que todos os teus outros supostos amigos fizeram. Não vou dar um único passo para longe de ti.
Não sou nenhuma heroína e não posso parar balas com as mãos, tal como o Clark Kent de que tu tanto gostas faz, mas estou disposta a ficar.
Não sou cavaleira nem nenhuma daquelas heroínas de banda desenhada. Não tenho um único super poder. Mas, vou ficar.
E se eu algum dia me afastar, dá-me um tiro e mata-me. A seguir ressuscita-me e mata-me outra vez, se eu ainda não tiver acordado do feitiço que me afastou. Não me interessa.
Raios, dá-me outra vez daqueles estalos que eu me queixava tanto antigamente. Não me importo!
Porque a única coisa com que me importo é que tu penses que eu estou farta de ti.
Cresce, miúda.
Não preciso que me paguem para ser tua amiga. O dinheiro para mim quase que não conta.
Volta ao normal. Acorda desse teu pensamento estúpido e infantil. Sabes que não tenho paciência para isto e que estou a ser o mais paciente possível mas, raios! Quero a minha amiga de volta. Aquela que gozaria com alguém que viesse ter comigo e me perguntasse se eu estava farta dela.
Vá lá...volta
"I'm tired of breathing..tired of feeling
tired of looking at the past for meaning
i'm tired of running..tired of searching
tired of trying..but i'm not tired of you"

Fotografia

Isto é um excerto de uma coisa que tenho andado a escrever mas com nomes diferentes dos que lá estão.


- És lento! – Percy esperava-o ao portão da escola com os braços cruzados.
- E tu és chato! – O rapaz dos olhos azuis passou por ele lentamente.
Enquanto caminhavam os dois para casa, Eric manteve sempre o olhar baixo para não levantar muitas atenções e não respondeu a nenhuma das perguntas de Percy de tão absorto que estava nos seus pensamentos. Só quando chegaram ao apartamento é que começou a agir normalmente.
- Vá lá meu! Pelo menos responde a uma pergunta! – Eric olhou-o enquanto subiam as escadas e suspirou.
- Que é que queres saber? – Percy pareceu surpreendido ao ver que o seu colega começava a falar de novo.
- O que é que te aconteceu às mãos? – Eric olhou para as ligaduras e depois para os pés. Suspirou de novo enquanto abria a porta do apartamento.
- Passo. – Percy deixou-se cair em cima da sua cama enquanto ficava de mau humor.
- Porque é que vieste o caminho todo calado? – Ouviu novamente “Passo.”. – Almoçaste sequer? – “Passo”. – Qual é a tua cor favorita? – “Passo.” – Não podes passar a das cores! É a mais fácil de todas! – Percy estava a ficar desesperado.
Eric riu-se enquanto se sentava na sua cama depois de ter pendurado o casaco na cadeira e posto a mala no chão.
- Respondo-te a como foi o meu dia. Pode ser? – Percy questionou-lhe com o olhar e ele entendeu isso como um sim.
- O meu dia foi como uma fotografia.
- Eu quero uma resposta normal. Não uma com enigmas. – Percy deitou-se na cama de barriga para cima e com as mãos atrás da cabeça. Sempre a olhar para o tecto.
- Então deixa-me acabar. – Eric esperou por uma resposta mas, como não recebeu nada, resolveu continuar. – Alguns antigos acreditavam que quando tiravas uma fotografia, parte da tua alma ficava nela. Aos poucos e poucos, ia desaparecendo. Por cada fotografia que tirasses, menos uma parte da alma ficava. Estás a ver onde quero chegar? – Percy acenou que sim. – Quando tiras uma fotografia a ti mesmo, ela vai retratar-te a ti. E esse retrato vai ser parte de ti. Eu também não sei explicar muito bem mas, concordo com eles. Mais uma foto, menos parte da alma. – Eric suspirou e imitou a postura do colega. – O meu dia foi como uma fotografia. Ou melhor, como várias fotografias. Parte delas.
Percy olhou-o de lado sem ele reparar. Os seus olhos brilhavam e ele estava tão concentrado nas suas palavras que nada o fazia sair daquele transe. Sobressaltou-se quando ouviu de novo a voz do colega.
- Hoje, à hora do almoço, essa foi uma fotografia conjunta. Foi parte do passado porque se passou há já algum tempo, e parte do presente, porque nunca desaparece da minha mente. É parte da minha alma que se deslocou do meu corpo para ficar sempre nessa memória. Uma…memória má. Uma fotografia…que preferia esquecer. – Eric sorriu tristemente. Aquela era uma das razões por apreciar as aulas de história. Os antigos tinham sempre certas ideias que o fascinavam. Riu-se para si ao pensar em tudo o que já dera em história. A teoria das fotografias sempre fora algo que lhe interessára.
- Fotografias e almas. Tens a certeza que não queres ser filosófico ou uma coisa assim? – Eric atirou-lhe com uma das suas almofadas. Percebeu que Percy só dissera aquilo para desanuviar mas que entendera. – E que tal uma fotografia Eric? – Percy atirou-lhe com uma almofada e tirou-lhe uma foto. Apanhara a cara de Eric no exacto momento em que devia.
E assim esqueceram-se completamente que o pai de Jason vinha ter com eles. Estavam demasiado ocupados a lutar com almofadas…