sábado, abril 14

A Minha Estrela.

Silêncio.
Silêncio atordoante, frenético, barulhento e multicolorido num turbilhão de emoções.
Corpos, Toques. Dança.
Um bater de coração mais forte do que o devido, um arrepio nas costas independente do frio e vontade de cuspir palavras.
Palavras estas verdadeiras, doentias, desesperadas, cortantes, de faltar o ar, vindas do nada e fatais.
Extremamente fatais.
Um beijo incompleto no meio do calor, um toque de mãos numa multidão e um abraço confortável, perfeito, sossegado e com poderes curativos.
"Bailarina do meu coração,
Não me dês a Lua, não me dês o Sol. Dá-me uma estrela.
Sê a Minha Estrela."


(Escrevi isto depois de ver um casal a dançar
 e a ignorar tudo aquilo que os rodeáva)

Um comentário:

Anônimo disse...

A dança tem destas coisas.
O silêncio a meio da dança para o desfrutar do momento "confortável, perfeito, sossegado e com poderes curativos" sem que sejam precisas as tais palavras "verdadeiras, doentias, desesperadas,cortantes, de faltar o ar, vindas do nada e fatais" sem duvida é enriquecedor, mas não te esqueças que há coisas pelas quais não vale a pena questionar, mas também não aceitar so porque te sentes bem naquele momento.
Pára e decide tu como lidar com isso e se aceitas isso como se fosse um conto de fadas para mais tarde caíres do cavalo e te aperceberes que sim foi bom, mas sem intenção de mais. foi apenas reconfortante num momento em que era necessário, mas as palavras angustiantes voltaram, a dança continua a mesma mas desta vez é a dança da vida.
tu mesma és uma estrela, não deixes de brilhar nem que te ofusquem por um momento que te deu esperanças.

Inês Esteves