domingo, julho 1

Largar

Estou a largar-te.
Não dei por isso. Não foi de propósito.
Mas estou a largar.
não és a primeira pessoa em quem penso;
não és a pessoa com quem me imagino a fazer tudo e mais um pouco.
Mas também não me imagino com mais ninguém.
É certo,
Há dias em que fico nostálgica e tenho saudades tuas;
Há dias em que me lembro de tudo e mais um pouco e imagino outras e outras coisas.
Mas estou a largar.

quinta-feira, junho 28

Sempre

Vai acontecer sempre.
Sempre, não é?
Terás sempre duas opções: o correcto e o fácil.
E vais sempre escolher a segunda hipótese.
Vais desistir sempre do correcto pelo fácil;
Vais desistir sempre do fogo quente pelo simples fósforo;
Vais ser sempre uma cobarde e eu vou ser sempre a história do passado.

Ok.

"Desculpa, ok?"
Ok. Mas a culpa continua a ser em parte tua e as consequências continuam a ser minhas.
No final de contas, eu fui a única pessoa a sair prejudicada disto tudo;
No final de contas, eu continuo no mesmo sítio onde fiquei por causa disto;
No final de contas, eu tive de abdicar de tudo por um futuro nada;
No final de contas, nada mudou para mim a não ser a crescente falta de interesse por tudo aquilo que me rodeia.

[1]

Dei por mim longe daqui.
Num universo não paralelo, não tão distante como aparenta ser.
Achei engraçado. Doloroso, mas engraçado.
Afinal de contas,
Aqueles meses tiraram mais de mim do que alguma vez achei ser possível.
E no final, fiquei a perguntar-me como seria possível sobreviver num mundo tão frio e injusto.
Dei por mim numa outra vida. Diferente.
E no entanto, extremamente parecida àquela a que todos suportamos.

segunda-feira, junho 11

Porque é que eu havia de te cumprimentar quando nem consegues manter uma conversa comigo sem te esqueceres que a estás a ter?
Porque é que havia de erguer a cabeça quando sei que tu vais cumprimentar os outros e eu vou ser apenas mais uma na lista dos que ficaram para trás?
Porque é que eu havia de dizer o que sinto se tu não queres saber?
Ter saudades tuas ou não as ter, vai dar ao mesmo. Tu não queres saber.
Tens a tua vida. E eu faço parte do mundo que ficou para trás.
Viva os erros. Viva a facilidade que é esquecer-me...
Olha, merda para ti.

domingo, junho 3

A que é que sabe? Dá-te gosto, é isso?
Gostas de sofrer?
A que é que sabe preocupares-te com alguém que não quer saber uma porra de ti?
Não digas que é mentira. Se fosse, as coisas não aconteciam da maneira como acontecem.
A que é que sabe fechar os olhos ao Mundo e só ver uma pessoa?
Sentes-te realizada, é isso? Ficas feliz porque estás lá para uma única pessoa?
Ficarias feliz se te dissesse que te esqueces de tomar conta de ti?
Parabéns. É simplesmente esse patamar que atinges.
Ele até pode precisar de ti. Ele até pode estar a sofrer.
E tu podes dizer que não te magoas. Podes dizer que é ciúmes, que é estupidez, que é criancice.
Mas eu olho para ti e vejo que só tu é que vais perder.
E sim, isso fode-me o juízo.

terça-feira, maio 22

Não é que não me importe. A sério.
Simplesmente já não me preocupo tanto.
Não é que não doa. A sério.
Simplesmente já não dói tanto. Mas continua a deixar mossa.

segunda-feira, maio 21

Ai Que Falta de Paciência.

Achas que não sei?
Aquilo que fiz, que deixei de fazer e que disse?
As pessoas mudam-nos.
Fodem-nos o juízo.
E lidamos com isso da maneira que achamos melhor.
Para mim, foi afastar-me de tudo e de todos.
Magoar quem tivesse de magoar.
Não me venhas com merdas.
Pára de ser criança que eu tenho mais que fazer.
"Ah, vamos fazer birra!" - A sério?
Se te perguntei era porque queria saber, não porque não tinha mais que fazer.
Cresce.

quinta-feira, maio 17

[1]

O vento passou e bateu-me.
No corpo e no sentimento de indiferença que planeava utilizar.
Sentada no chão frio que me pareceu extremamente acolhedor tendo em conta tudo o resto.
E o tempo foi passando. Os ponteiros do relógio foram andando e resolvi ignorar.
Mudou-te? Tudo isto, achas que te mudou?
Fui a única cujos objectivos, lemas, memórias, foram afectadas?
Isto não passou tudo de uma volta de 180º graus. Tu ficaste numa ponta e eu noutra.

terça-feira, maio 15

Apeteceu-me falar contigo.
Assim de repente. Apeteceu-me ligar as falsidades todas e procurar por ti.
Num ápice.
Apareceste-me na mente, do nada, sem eu saber muito bem porquê.
"Como é que estás? Onde quer que estejas, como vai tudo?
Melhor do que antes?"
Ainda me afectas. Não tanto como antes. Mas sim, ainda me consegues pôr inquieta.
Gostava que o soubesses.
Às vezes, gosto de pensar que foi real. Que não menti, que não fiz o que fiz.
Desculpa. Outra vez. Mil e uma Vezes.
Nunca vali a pena.
Nunca te devias ter apaixonado por mim, A.

segunda-feira, maio 14

Parou.

Pára.
Por um segundo que seja.
Eu sei onde quero chegar, percebes?
O único problema é o ainda não ter chegado.
Não importa o quanto demore, vou lá chegar. Consegues entender isso?
Que a vida não é justa, já me apercebi eu.
Já chega.

segunda-feira, maio 7

Ela queria conversar. A minha cabeça estava ocupada

A decisão é minha.
Não dela, não tua. Minha.
Envolve-me a mim e a ti, é certo. Mas continua a ser minha.
Parece-me que se passaram semanas, mas na realidade, foi muito mais que isso, não é?
E nessas mais que semanas, se houve coisa de que me arrependi foi não ter estado lá.
Mais presente, mais perto. Por muito que tentasse, nunca parecia suficiente.
E magoava-me a mim o facto de estares magoada.
Eu sei o quanto me querias perto de ti. Pelo menos, isso sei.
Eu sei o quanto querias um relacionamento normal.
Eu sei o quanto querias passear comigo de mão dada.
Eu sei o quanto querias fazer as coisas que todos os outros faziam.
Por isso, agora, mesmo sabendo o quanto isso me vai custar, vou atirar-me de cabeça.
Entre nós e entre vocês
Prefiro que tenhas com ele o que não tiveste comigo; Prefiro que tenhas o que querias ter tido.
Prefiro que não tenhas de passar por aquilo que passaste e pelo qual eu ainda passo.
Mesmo que vocês já tenham muito mais do que alguma vez comigo tiveste;
Mesmo que vocês possam fazer tudo o que sonhas e imaginas.

Como um dia eu sonhei e imaginei.
 Como todos os dias imagino e sonho.
Portanto, decisão tomada. 
Vai tu com ele. Ele que viva a vida que devia ser minha.
E tu? Bem, tu, nunca te apercebas o quanto já fiz e faço em segredo.

domingo, maio 6

Um Olá à Vida

Dói-me tudo.
O corpo, o coração e a alma - se é que isso é possível.
As coisas estão a voltar a um nível de normalidade minimamente suportável.
E acho que me habituei tanto ao incomum que não sei como lidar com isto... Continua a doer sabes?
Deste-me o tudo;
Deste-me o nada.
Ainda sinto, ainda (des)espero por muito.
Ainda cá estou, à espera de algo.
Há muito que se me passa pela cabeça sem razão aparente; Há muito que vai e volta.
Sempre que penso chegar ao ponto final da questão, dá-se uma troca por uma vírgula.
Encarregas-te disso, vida minha. E uma pessoa habitua-se.
Por enquanto, vai doer-me tudo em silêncio.
Talvez por hábito, talvez por não querer partilhar.
No entanto, parece-me um avanço no meio de tudo isto.
Aqui me queres, Aqui me tens.

sexta-feira, maio 4

Conversas

"- Amo-a porque a Odeio e Odeio-a porque a Amo. Faz sentido o que estou a dizer?
- Uhum, acho que sim.
- Para mim não."

quinta-feira, maio 3

Bora lá

Cinco Semanas para a escola acabar; Uma semana para estudar a valer para os exames;
Três exames lindinhos; Mais um ano acabado.
Vou começar a stressar daqui a uns dias! (;

quarta-feira, maio 2

"Nojo Físico" E.Q.

Não, não és tu que me metes nojo.
São estas imagens, estes sonhos, este....viver sem viver!
Esta impressão de que está tudo errado e de que ser um erro tem as suas consequências!
Esta falta de capacidade para não ver o que vejo vezes e vezes sem conta!
Esta inutilidade quanto a tudo o que acontece, quanto ao querer chorar de frustração!
Desapareçam da minha mente, saiam, fujam!

quinta-feira, abril 26

Odeio.
Odeio estas situações onde não há nada que possa fazer.
Odeio não poder abraçar-te e não largar mais, certificar-me que estás bem.
Odeio estar tão longe quando sei que precisas de mim perto, mais perto.

quarta-feira, abril 25

Always


Às vezes acontece.
Associar algo, assim do nada, a uma situação passada que apesar de tudo continua a estar presente.
Sentir algo, assim do nada, devido a uma frase composta por pequenas palavras.
Já me importei, já odiei, já não quis saber de nada.
E agora, limito-me a fingir que todas essas associações não acontecem.
Não acontecem hoje, não acontecerão amanhã e de certeza, de certeza, que não aconteceram no passado.
Para mim, terás sempre 18 anos;
Para mim, serás sempre linda;
Para mim? Serás sempre a única bailarina da minha vida, que dança e leva o meu coração a passear por aí  ao mesmo tempo.
Um ano não chegou para me decidir; Não faz mal, tenho outro e outro e outro pela frente.
Hei-de levar o tempo que for preciso.

sábado, abril 14

A Minha Estrela.

Silêncio.
Silêncio atordoante, frenético, barulhento e multicolorido num turbilhão de emoções.
Corpos, Toques. Dança.
Um bater de coração mais forte do que o devido, um arrepio nas costas independente do frio e vontade de cuspir palavras.
Palavras estas verdadeiras, doentias, desesperadas, cortantes, de faltar o ar, vindas do nada e fatais.
Extremamente fatais.
Um beijo incompleto no meio do calor, um toque de mãos numa multidão e um abraço confortável, perfeito, sossegado e com poderes curativos.
"Bailarina do meu coração,
Não me dês a Lua, não me dês o Sol. Dá-me uma estrela.
Sê a Minha Estrela."


(Escrevi isto depois de ver um casal a dançar
 e a ignorar tudo aquilo que os rodeáva)

segunda-feira, abril 9

13:28

Nunca vou poder dizer-te a verdade.
Não a ti, não depois disto tudo, não agora nem nunca.
Porque na verdade, tu fazes-me questionar o motivo de tudo isto acontecer.
Fazes-me querer saber se o destino existe.
Se é tudo fantasia ou realidade.

segunda-feira, abril 2

4 da Manhã

Sem motivo. Nem aparente nem suficiente.
Um impulso apenas. Um daqueles que sufoca e corta se não for respondido.
Intemporal. Decisivo e desconfortável.
Quase como um tiro a mil quilómetros de distância. Eu Sei O Que Senti.
A tua presença latente, o teu cheiro, o teu toque. E a tua voz.
Quase como que a sussurrar que precisavas de mim, que ias precisar de mim.
Quis telefonar-te, perguntar-te se estava tudo bem. Não o fiz. Não me compete a mim. Provavelmente estava errada.
Mas acordei às 4 da manhã porque TU me pediste que o fizesse.
E não adormeci mais.

domingo, março 4

Família. Z

Porque é que não confiaste em mim e porque é que fizeste o que fizeste?
Somos família. Somos "irmãos". Aliás, irmãos sem aspas.
Somos os mais parecidos, somos os mais sossegados, somos os mais ambiciosos, somos os mais orgulhosos, somos os mais impacientes e pacientes ao mesmo tempo.




Somos o tudo e o nada. Os que menos se veêm e os que mais sentem no silêncio.
Diferentes nas parecenças.




E tu não confiaste em mim. Fizeste o que tinhas a fazer sem esperar.
Olha onde chegaste. Oha o que estás a sofrer.
E eu não confiei em ti. Fiz o que tinha a fazer sem esperar.
Cheguei ao sítio onde estou. Olha o que estou a sofrer.
We walk the same path alone.

terça-feira, fevereiro 21

Ok

Vais ter de perceber que há coisas que simplesmente não quero fazer.
Não outra vez e não contigo.
São memórias minhas e de outrem.
Acho errado repeti-los.

quarta-feira, fevereiro 8

True Story

Tal e qual como as estrelas. 
Tão visíveis, tão longe, tão conquistadoras do seu meio.
Talvez um dia, uma caia à Terra.
Talvez um dia, uma destas rainhas do céu me rodeie e faça de conta que é minha e que eu sou sua.
Ela que me leve. A conhecer o céu e tudo aquilo que é e não é.
Enviarei cumprimentos. Cartas feitas de estrelas-cadentes.
E por ora, conseguirei ser.
Realmente Ser.

domingo, fevereiro 5

R.

Não consigo sentir por ti o que sentes por mim.
Não consigo simplesmente usar-te para esquecer outra pessoa.
E recuso-me a ficar contigo para fingir que nada disto é verdade. Não vou ser cobarde a esse ponto.
Não vou fazer o mesmo que critiquei noutras pessoas.
Consegues perceber isso?
Posso brincar, posso meter-me contigo, posso até fazer-te sorrir como mais ninguém consegue.
Mas se calhar tens razão quando dizes que se vê nos meus olhos, o meu passado.
E se calhar, não consigo mesmo Amar-te. Ainda Não. Não quero.

terça-feira, janeiro 31

Suposições

Às vezes, só às vezes, pergunto-me porquê.
Chego sempre às mesmas hipóteses e nunca a uma conclusão.
Se calhar podia (e conseguia) chegar lá. 
Mas se calhar, também não o quero fazer.
Parece-me tudo tão intrínseco e no entanto tão protuberante na minha mente.
Limites, suposições: por conforto, por mentira, por desejo?
E depois (des)espero por uma réstia de esperança que não parece existir.

terça-feira, janeiro 24

quarta-feira, janeiro 18

terça-feira, janeiro 17

Tu

Deixas-me tão zangada.
Com as tuas indirectas, com a tua falta de respeito pelo meu espaço, com a tua falta de confiança em mim e com as tuas desculpas esfarrapadas.
Eu não te pedi a opinião. E ninguém te disse que a podias dar.
Parece que fazes de propósito.
Sabes que não me apetece falar contigo e dizes algo que me dá ainda menos vontade de dizer o que quer que seja.
Deixas-me frustrada!
E tudo o que consigo fazer é tocar.

terça-feira, janeiro 10

sábado, janeiro 7

Eu Sei

Se calhar tens razão.
Quando dizes que mudei, que não vês o meu antigo eu há já algum tempo.
Quando dizes que a rapariga que se importava com os estudos e com o futuro, parece que desapareceu.
É isso mesmo. Tens razão.
E não preciso que mo digas para o saber.
Acredita. 
Eu Sei, Mãe.

segunda-feira, janeiro 2

Happy Birthday Me.

Eu quero mais. Mais do que aquilo que posso ter.
Quero ir a um parque, àquele parque.
Deitar-me num cobertor em cima da relva e simplesmente olhar para cima.
Olhar para o céu e desenhar, escrever histórias com a ponta dos meus dedos, tal como costumava fazer.
Quero poder simplesmente estar. Sem preocupações.
A idade não muda nada. É tudo igual.