sexta-feira, julho 29

Should I?

Ela diz que está com medo.
Eu sorriu e respondo-lhe que vai acontecer o que tiver de acontecer.
Ela diz para eu ter cuidado.
Eu volto a sorrir e a dizer que não importa o que aconteça e que sim, claro - Vou ter cuidado.
E depois pergunto-me se também eu não deveria ter medo.

quarta-feira, julho 27

Escrito Num Rascunho De Telemóvel [6]

Impressionante como as pessoas que pensamos conhecer nos podem surpreender pela pior maneira possível.
Impressionante como nos podem deitar abaixo com umas simples palavras.
Oh, sim, porque a palavra tem poder.
É verdade.
E além de impressionante é doloroso. Extremamente doloroso.
Doloroso saber que a pessoa que nunca nos ia deixar cair, a pessoa que nos ia sempre resgatar de um buraco sem fundo - é mentira.
Eu não tenho saudades de te amar como fogo que arde sem se ver! Tenho saudades de uma amizade.
A melhor amizade que alguma vez tinha tido.
Tornaste-te numa pessoa hipócrita na minha cabeça. Algo que não queria fazer.
Mas já não tenho outra escolha.
Sinceramente, desiludiste-me.
Não sabia que isso era possível vindo da tua parte.

segunda-feira, julho 25

quarta-feira, julho 13

Sabe Sempre A Pouco


Estavam os dois sentados no chão, encostados a um dos armários.
Ela nos braços dele.
Estranhamente, aquele sítio que mais ninguém parecia conhecer, aquela sala abandonada, tornara-se o único lugar em que ambos podiam estar sem terem medo.
- Em que é que estás a pensar? – E o rapaz sentiu um pequeno formigueiro na barriga ao ouvir a voz dela, silenciosa até agora. E não sabia se devia responder.
- Em nada. – Portanto, mentiu e sorriu-lhe. Mas depois lembrou-se de lhe ter prometido não lhe mentir. - Em alguma coisa.
A rapariga sorriu ligeiramente e chegou-se mais perto dele. Olhou para ele e esticou-se para lhe dar um beijo na face. Algo que o deixou a sorrir mas também envergonhado.
- Sabes, ontem à noite agarrei-me a uma almofada e falei com ela. Mas falar mesmo. Pensei que estava maluco.Ela limitou-se a olhar em frente, mantendo os olhos longe do alcance dos dele. – Eu perguntei-lhe “Não te podes transformar nela, pois não?”, e passado um bocado voltei a falar “Pois, bem me parecia que não podias.” – O rapaz engoliu em seco e sentiu-se ligeiramente triste pelo facto de saber que a rapariga nunca seria totalmente dele. E depois, disse-lhe “Sabes, se fosses ela, eu abraçar-te-ia de maneira a ter-te o mais perto possível. Porque o toque dela é surpreendente. Ainda me deixa com borboletas e nervoso. Com medo de tropeçar nos meus próprios pés ou nas minhas palavras” Ela continuou sem responder e ele suspirou e cruzou as mãos, tentando arranjar algo que o distraísse de tudo aquilo que ia na sua mente e de certeza que na dela também.
- Ainda tenho saudades tuas. Mesmo ao estares comigo. Tenho saudades tuas. E não sei se é normal.O rapaz beijou a cabeça da rapariga e suspirou de novo. Encostou a sua cabeça à dela e fechou os olhos.
Ele queria ficar assim. Queria ficar perto dela. Sentir-se seguro, sentir-se feliz, sentir-se quase invencível.
Então, ficou ali até ser obrigado a ir-se embora. E quando o fez, muito contrariado, deixou-a sentada no mesmo sítio, completamente paralisada. Baixou-se para a beijar e a única coisa que lhe ocorreu ao ver a mágoa presente nos olhos dela como em tudo aquilo que a rodeava foi:
- Quando chegar a altura, não fujas. Simplesmente, beija-me devagar… - Ela sorriu minimamente mas, mesmo isso, lhe sabia a pouco e o fazia querer fugir. – Deixa-me uma última memória.

terça-feira, julho 12

.

Ah, que se lixe isto tudo.
TENHO SAUDADES TUAS, SIM!

Não preciso de um Amo-Te.
Só quero um simples 
Gosto de Ti...

segunda-feira, julho 11

Quem és Tu?

Não Sei.
Simplesmente Não Sei.

domingo, julho 10

Won't Someone Stop This Train?

Sonhos.

Pergunto-me se os sonhos são mesmo o reflexo dos medos e desejos reprimidos.
E se assim o for, pergunto-me se vais continuar a entrar neles a teu bel prazer.
E pergunto-me ainda se é necessário isso acontecer.

Quero dormir. Sem sonhos. Sem ti.
Quero dormir até ao meio dia, não até às sete da manhã.
Sonhos. 
De momento, para que vos quero?

sábado, julho 9

Voei.

Parei de correr quando reparei que já tinha chegado onde queria e que estava cansada e ofegante.
Nervosa. Sem motivo aparente.
Com memórias a entrarem e a saírem da minha mente.
O parque estava cheio de miúdos pequenos com os pais ou educadores.
Estranhamente, nenhum deles estava a andar de baloiço.
Eu sentei-me e andei num deles.
O meu coração bateu a mil à hora.
A minha voz saiu rouca e as minhas pernas usaram o resto de pouca força que ainda tinham para baloiçar.
Voei.
Na Minha Mente. Nas minhas memórias.
E no final, quando sai do baloiço, estava a choramingar de alegria.

sexta-feira, julho 8

Jurei Para Nunca Mais

Hoje voltei ao sítio onde me inspirei para escrever isto.
Voltei às memórias, à relva cortada, ao cheiro de Verão, ao calor.
Às memórias. Sim.
Doeu.
Doeu ainda mais não me teres falado o dia todo
Apesar de saber perfeitamente que não tens de o fazer.
Mas Está Tudo Bem.

quarta-feira, julho 6

Vou Mostrar-Te O Filme Que Fiz [2]

(..) Tu estavas ali. Só ali. Num espaço imaginário negro e silencioso.
Eu toquei-te na cara e sorri. Tu sorriste. Inclinei-me e dei-te um beijo ao de leve na face. Lento. Tu abraçaste-me e eu senti-me morrer. Sussurraste-me:
"É só um sonho. Sabes que é.". Eu tentei decorar a tua voz.
Senti-me a tremer, abracei-te com força para mostrar tudo o que sentia.
"Quando acordares, esquece isto.".
Chorei. Escondi-me no teu ombro e chorei. Senti-me enjoada, cansada, há medida que passavas a tua mão pela minha cabeça.
Não me disseste que tudo ia passar e que ia ficar bem. Ficaste apenas ao pé de mim. E eu cantei qualquer coisa baixinho, entre soluços.
Levantaste-me a cabeça e beijaste-me. 
Foi curto, suave, tudo o resto desapareceu. 
Tu desapareceste. Ficou o teu sabor (...)
Depois Acordei.

segunda-feira, julho 4

Yeah...

Tag. [2] Bem atrasado s:

1 - Divulgar quem passou a tag: Recebi este tag da Joana F' (:
2 - Postar 10 fotografias das coisas que mais se gosta (pode ser da Net)
3 - Passar a tag a 10 raparigas. - Passo a quem quiser (:
 Tudo o que envolva música, inclusive compor (:
 Praia. Especialmente À Noite.
 Teatro. (Isto fui eu a fazer de Pai na peça de teatro "Os Herdeiros da Lua de Joana")
 Estrelas!
 Neve!
 Harry Potter, sim, nerd, completamente :P
 Gomaaas +.+ É o meu único vício, juro :P
 Chuva. Coisa Mais Pura não há.
 Andar de comboio a ouvir música e a olhar pela janela.
 Memórias...Especialmente memórias...Com a única pessoa que me conhece.

domingo, julho 3

Nada a Ver

No meu tempo isto...
No meu tempo aquilo...
Com a tua idade já fazia...
Antigamente tínhamos mais esperteza para a vida...
Vocês têm tudo de mão beijada...
Nós estamos sempre com pressão e stress porque temos de saber como pagar as contas e tomar conta do trabalho...


Tipo - Antigamente e Hoje - Nada a ver! Para quê estar a comparar quando não há comparação possível?

sábado, julho 2

Inveja.

Eles estão ali.
No outro sofá.
Ela está encostada a ele, a dormir.
Estão os dois praticamente deitados.
E eu não consigo simplesmente não sentir um pouco de inveja.
Também queria isso. Também queria ter direito a fazer isso.
Com a pessoa que Amo hoje, amei ontem e vou amar amanhã.
Não é justo, tenho de lidar com os meus primos e as namoradas e tenho de ver a família toda a dar-se bem.
Eu fico de fora.
Não é justo.
Eu também quero isso.

Caminhos.


Eles estavam ali. Simplesmente ali.
Ele sentado e ela de pé.
Sobre terra batida, sobre um caminho-de-ferro velho e ferrugento, já inutilizado.
O vento era quase inexistente e o calor suportável. Nada mais.
Ouvia-se ao longe um barulho de cancela a ser levantada e depois um comboio com o seu intenso barulho de maquinaria.
- Eu gosto de comboios.
Ouviu-se de novo, um som reproduzido pelo comboio, mas desta vez, mais longe.
- Eu sei. Eu também.
- Por causa do sossego e da paisagem que consegues ver?
Ela acenou que sim com a cabeça e o rapaz olhou para ela muito concentrado, como se não existisse mais nada no momento para ele.
E de facto, não existia. Com ela, nunca existia mais nada a não serem coisas superficiais.
- Pára de olhar para mim. Já te disse que não sou nenhuma ave rara.
Ele deixou escapar um pequeno riso. Um riso de criança, nada a ver com a mentalidade dele (por vezes) e a rapariga sorriu.
- É sossegado.Ela olhou-o directamente durante uns segundos, à espera. – Isto. – O rapaz falou como se lhe estivesse a responder a alguma coisa e depois respirou fundo e fechou os olhos. – Sabes, a única maneira de teres a certeza de que vais apanhar o comboio, é perder o anterior.Ele sorriu ainda com os olhos fechados. – Um bocado como a vida, não?
A rapariga sorriu também e cruzou os braços enquanto olhava para ele de cima.
- Quer dizer, temos muitos caminhos por onde escolher na vida. E por vezes queremos seguir um, mas chegamos atrasados, demoramos demasiado tempo a decidir. E aí, aprendemos a manter-nos na estação, demore o tempo que demorar, até a oportunidade chegar... – O rapaz abriu os olhos e pegou num pequeno pau que estava perto dele. Deixou-se rabiscar no chão e manteve o olhar baixo.
- Mas a vida muda. E na maior parte das vezes não tens direito a segundas oportunidades D. Por muito que queiras. E tu, melhor que eu, sabes disso.
- Não.Ele largou o pau e cruzou as mãos, limitando-se a olhar para elas e para as linhas que as construíam. – A vida não muda. É sempre a mesma. Nasças como nasças, vais ser sempre o mesmo. Independentemente das mudanças que ocorram, das cicatrizes e de tudo o resto. – Pausa. – Um comboio com paragens é sempre o mesmo. Os passageiros saem e voltam a entrar; A saída de um dá lugar a outro. E por muito que as bagagens sejam diferentes e a personalidade igualmente, os que entram acabam por substituir perfeitamente os que saem. Querem todos o mesmo.
- Não digo que concorde com a tua teoria, – Carregou a última palavra. – Mas se assim o é, o que é que procuram?
- Fácil. O que tu procuras. O que eu procuro. O que aquele ou aqueloutro procuram.Ela suspirou e sentou-se ao lado dele.
Aquela concentração por parte dele era tão intensa; a maneira como falava das coisas, como se tivesse realmente passado por elas, deixava-a na maior parte das vezes sem saber o que dizer.
O rapaz sorriu tristemente e depois levantou o olhar em direcção ao céu, onde o curto vento do momento lhe bateu de frente sem se importar.
- Respostas. Simplesmente respostas.
O problema é que há muitos comboios onde entrar e muitas estações por onde sair.
- Qual é que se escolhe? – Ele olhou para ela e a rapariga sorriu-lhe para lhe mostrar que estava sempre livre para ele.
- Aí é que está. Não se escolhe.