
- Hmm…e se eu não quiser? – O rapaz levou a mão livre à cara e deixou-a lá enquanto abria os olhos
- Tarde de mais, preguiçoso. – Ela inclinou-se para lhe dar um beijo na cara e Ele sorriu abertamente.
- Já estou acordado. Sem Dúvida. – Esforçou-se para se sentar e a rapariga seguiu os seus movimentos e encostou-se a ele.
- Óptimo. Então responde-me. – O rapaz piscou os olhos, ainda ensonado.
- Hmm…e a que é que é suposto eu responder? – A rapariga sorriu ao senti-lo encostar-se ao ombro dela.
- À derradeira pergunta de vida, visto muitos nunca encontrarem resposta. – Ela olhou para ele e viu-o franzir o sobrolho, ao que ela suspirou. – O que é o amor D.? É essa a pergunta.
O rapaz corou ligeiramente e sentiu subitamente uma grande vontade de arranjar um subterfúgio qualquer que lhe permitisse não abordar o que não queria. Tossiu ao aperceber-se que a rapariga ainda esperava pela resposta.
- Então…o amor não se define, não é? – Ela acenou que sim - Uma vez eu li que o amor era como a sorte, tínhamos de caminhar muito até o encontrar. Suponho que seja mesmo isso. Uma coisa muito difícil de encontrar mas óptima de ter. – A rapariga olhou para o rapaz e sorriu divertida.
- Consegues ser mais fofinho que isso D. – Ele abriu a boca e corou novamente.
- Eu não sou…fofinho. – Ela continuou a sorrir e a esperar, fazendo-o suspirar antes de voltar a falar - Amar é… é aprender a canção que está no coração da outra pessoa e cantá-la a essa mesma pessoa quando ela se esqueceu dela. – O rapaz endireitou-se e voltou a tossir, desta vez muito mais corado.
- Vês, eu tinha razão. Muito mais fofinho. – Ela riu-se quando ele voltou a abrir a boca e fez um ar de indignado. – Tens mais alguma coisa a dizer?
- Não sou fofinho.
- És.
- Não sou.
- Não amues. – A rapariga voltou a rir-se e o rapaz afastou-se dela para se deitar novamente. E mais uma vez, ela seguiu-o e deitou-se ao seu lado.
- O amor é como a guerra. Fácil de começar e difícil de acabar. É esse o meu ponto de vista.
A rapariga sorriu e perguntou-se como é que um rapaz podia dizer coisas daquelas.
- D.? – Ele fechou os olhos e ela deu-lhe um beijo na cara.
- Hmm?
- Continuas a ser fofinho.
- Opah!